Roteiro de 8 dias pela Cidade do México

Viajar por conta para o México pode ser bastante desafiador. Isso porque o país é imenso e o que não faltam são lugares bonitos e interessantes para visitar, e que com certeza podem agradar a todos os tipos de pessoas. Mas uma coisa é fato: quando pensamos em México, também pensamos na Cidade do México. 🇲🇽🪅

E se há uma certeza é que a capital do país por si só é desafiadora na hora de selecionar os pontos que não podem estar de fora do roteiro. Afinal… cidade grande, certo?

Lá em 2019, quando comecei a organizar minha viagem pelo México, confesso que pensei em desistir diversas vezes de montar um itinerário, pois quanto mais eu me aprofundava, menos eu sabia como acomodar aquele tanto de lugar legal para conhecer em apenas 1 semana.

O Palacio de Bellas Artes, um dos principais e mais famosos edifícios da Cidade do México, conta com artes feitas pelos principais nomes do muralismo mexicano, como Diego Rivera e José Clemente Orozco. Foto: Carlos Aguilar

Então, pensando no desafio que enfrentei há quase 3 anos, separei abaixo o roteiro da CDMX que montei para a viagem que fiz com a minha família em 2020! Mantive-o exatamente como foi elaborado na época, mas o temperei com algumas dicas úteis que eu com certeza gostaria de ter sabido antes de ir e que, talvez, ajudem você durante a sua viagem.

Confira! 😉

Dia 1 (quarta-feira)

  • Chegada

Antes de fechar as passagens para a CDMX, sugiro que você preste muita atenção ao horário de chegada no país. Isso porque tudo o que você provavelmente já leu sobre o trânsito na cidade, é real!

Por conta do contrafluxo para quem sai do Aeroporto Internacional Benito Juárez em direção à cidade, recomendo chegar durante o fim de tarde – a não ser que você não se importe em ficar parado num engarrafamento, evite voos que chegam durante a manhã.

Aliás, aproveite a chegada para comprar um chip de celular! Há várias lojas logo ao lado do portão de desembarque. Outra dica: tenha o app da Uber baixado no seu aparelho; o serviço funciona muito bem na CDMX e pode ser uma ótima opção para quem gosta de economizar.

  • Explorar arredores

Cheque antes o que há para fazer nos arredores da sua hospedagem. Depois de se instalar, vale procurar por mercados e restaurantes.

Dia 2 (quinta-feira)

  • Teotihuacan

A zona arqueológica de Teotihuacan é, provavelmente, o maior e mais famoso atrativo da região da CDMX. A maior cidade antiga do México, e capital do que foi provavelmente o maior império pré-hispânico do país, é “dona” da terceira maior pirâmide do mundo: a Pirâmide del Sol, que perde para a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, e para a pirâmide de Cholula, também no México.

E o que levar para a visita a Teotihuacan? Água, boné, filtro solar e óculos de Sol. Também vale ir com roupas frescas e confortáveis para caminhar.

Quando visitei Teotihuacan, fui para a zona arqueológica com a mesma agência com a qual realizei o famoso passeio de balão (falarei sobre mais abaixo). Mas é possível chegar na região utilizando o transporte público. Apesar de não ter testado o caminho, segue abaixo o esqueminha que fiz com base no apartamento onde estávamos (e levando em conta que às 9h estaríamos no sítio):

> Para ir de ônibus até Teotihuacan é preciso ir ao Terminal Norte da Cidade do México – você pode ir de Uber ou de metrô; nesse caso, é só descer na Estação Autobuses del Norte já que o terminal de ônibus é dentro da estação (semelhante ao Tietê, aqui em São Paulo).

> Os ônibus para Teotihuacan saem a cada 15 minutos e a passagem pode ser comprada no Guichê 8 por cerca de R$10,50. É importante avisar o motorista que você pretende ir para as pirâmides, pois nem todos os ônibus vão necessariamente para o sítio. No veículo, também vale reforçar a descida em Teotihuacan, que é feita no Portão 1 da zona arqueológica.

> Na volta é possível pegar os ônibus que saem dos Portões 1 e 2. Caso você opte por retornar de táxi, sugiro os que ficam no Portão 2. Também há táxis no Terminal Norte da CDMX.

> Em 2020, o passeio a Teotihuacan sairia menos de R$40,00 por pessoa, levando em conta passagem de metrô, ônibus e entrada da zona arqueológica.

Mas aqui considero importante fazer um adendo: mais de uma pessoa mexicana nos recomendou evitar o metrô durante nossa passagem pela cidade por conta de assaltos e assédios – durante o horário de pico, o chamado vagão rosa funciona nos trens da cidade, inclusive. Também indicaram termos atenção com os táxis, optando por pegá-los em pontos oficiais, e darmos preferência ao serviço da Uber (que até sai mais em conta no bolso).

  • Passeio de balão em Teotihuacan

Vale muito a pena aproveitar a visita ao sítio para um passeio de balão de ar quente! Os voos saem de manhã bem cedo e sobrevoam toda a zona arqueológica. Eu recomendo a Flying Pictures.

Antes de agendar, a dica é estar atento à previsão do tempo para CDMX e Teotihuacan já que esse passeio pode ser cancelado por conta das condições climáticas.

  • Restaurante La Gruta – opção de café da manhã e almoço na região da zona arqueológica. Próximo ao Portão 5, o La Gruta é famoso pela carne arrachera, guacamole e sopa de tortillas.
  • Basílica de Guadalupe

A Basilica de Santa Maria de Guadalupe é um santuário nacional do México bastante importante para os católicos. Muitas pessoas visitam a basílica após Teotihuacan, até porque o trajeto pode ser feito de metrô a partir da estação Autobuses del Norte (5 Amarela) em direção à La Villa – Basílica (6 Vermelha). Não foi o nosso caso, por conta do cansaço.

Dia 3 (sexta-feira)

  • Castillo de Chapultepec

O Castillo é um antigo palácio imperial e já foi residência presidencial. Hoje, o magnífico prédio abriga o Museo Nacional de Historia, essencial para quem deseja conhecer mais sobre o país.

Dependendo da localização da sua hospedagem, vale ir a pé ate o Castillo, que fica no Bosque de Chapultepec – inclusive, o bosque é imenso e dificilmente você vai conseguir andar por ele todo, ainda assim vale um passeio por uma via ou outra!

  • Museo Nacional de Antropologia

Se você pretende aprender um pouco mais sobre o território que compõe o México, o Museo Nacional de Antropologia é indispensável! Dezenas de salas reúnem artefatos de povos importantes, como os astecas e maias.

E é nesse museu que está a famosa Pedra do Sol – também conhecida como Calendário Maia.

Dia 4 (sábado)

No nosso quarto dia na CDMX, visitamos o centro histórico da cidade. Pois é. Cometi o erro de incluir o centrão em um sábado. Então, a dica é: evite conhecer o Zócalo aos finais de semana! A região é extremamente cheia e movimentada nesses dias, o que pode ser bastante desgastante.

  • Cafe de Tacuba – um dos cafés mais antigos da cidade, rende fotos espetaculares e é ótimo para o café da manhã (nesse caso, vale chegar cedo).
  • Caminhar em direção ao Zócalo pela Calle Francisco Madero.
  • No Zócalo (Plaza de la Constitucíon), você pode visitar a Catedral Metropolitana, o Palácio Nacional (onde estão alguns murais de Diego Rivera), o Templo Mayor e o Gran Hotel Ciudad de México (para apreciar a vista e almoçar).
  • Também vale visitar nos arredores do Zócolo o Palácio de Bellas Artes, a Torre LatinoAmericano, a Casa de los Azulejos e o Museo Mural Diego Rivera.
  • Ciudadela (Centro de Artesanías La Ciudadela) – se você é do tipo que adora voltar para casa com uma lembrancinha, vale passar pela Ciudadela, um enorme galpão cheio de lojinhas onde é possível comprar artesanato e regalos por bons preços.

Opções de locais para almoçar na região central da CDMX:

Dia 5 (domingo)

  • Puebla & Cholula

A forma mais pratica de visitar tanto Cholula quando Puebla é com agência e guia, e normalmente o passeio consiste em visitar esses dois lugares em um mesmo dia já que são bastante próximos. Nós fechamos o tour com uma das várias agências localizadas no Zócalo um dia antes; e apesar de não ter sido o melhor serviço do mundo, valeu a pena.

Saímos bem cedinho do Zócalo da CDMX e, na estrada, paramos em um ponto para uma vista espetacular de dois vulcões da região: o Popocatépetl e Iztaccíhuatl, sendo que o primeiro está ativo. De lá, seguimos para o povoado de Cholula.

Lembra da maior pirâmide do mundo que falei mais acima? Então, ela fica pertinho da CDMX, em Cholula! A chamada Pirâmide de Tepanapa foi sendo naturalmente soterrada com o passar do tempo. Mas, em 1594, os espanhóis, liderados por Hernán Cortés, finalizaram o serviço e hoje a pirâmide está abaixo de uma igreja dedicada à Nossa Senhora dos Remédios.

Apesar de não ser a mais alta do mundo (esse título pertence à Pirâmide de Gizé, no Egito), a Grande Pirâmide de Cholula é a maior pirâmide já construída em termos de largura – para você ter uma ideia, sua base mede 450×450, mais ou menos o dobro da Pirâmide de Gizé.

Então apesar de não ser possível ver a pirâmide em sua totalidade, é emocionante estar em Cholula e poder ver tanto a cidade quanto o vulcão Popocatépetl do alto do santuário.

Já Puebla, para nós, foi um misto de Embu das Artes com Paraty, cheia de restaurantes, cafés e lojas de artesanato. A cidade estava super cheia, ao ponto de ser difícil de andar em algumas ruas. Além disso, também já estávamos mais cansados naquela altura, então confesso que a ida à Puebla, depois da manhã toda em Cholula, foi um pouco desgastante.

Mas vale falar que Puebla pode ser uma boa pedida para quem adora guloseimas! Isso porque o povoado é famoso pelas muitas lojas de doces artesanais e tradicionais.

Por fim, preciso falar que a verdade é que fizemos o passeio mais para ver a Pirâmide de Cholula. Então, se essa também for a sua intenção, recomendo fechar um preço com algum motorista de táxi ou Uber da CDMX para levá-lo até a cidade e lá contratar um guia local para mostrar todos os detalhes da grande pirâmide de Cholula – é possível contratar guias in loco ou através do Get Your Guide e Airbnb.

Dia 6 (segunda-feira)

  • Passear por Polanco
  • Museo Soumaya

Um dos mais importantes museus de arte da América, o Museo Soumaya é uma instituição privada que conta com importantes peças de arte de diversas épocas e regiões ao redor do mundo. Localizado em uma área nobre da CDMX, o Soumaya tem uma arquitetura icônica, sendo impossível passar batido por ele.

  • Shopping Antera – o shopping pode ser um bom passeio para quem gosta de ver lojas e estar nesses grandes centros comerciais; ele fica localizado quase em frente ao Soumaya.
  • Acuario Inbursa – logo ao lado do museu, o aquário Inbursa é o maior aquário do México. O enorme espaço abriga diversas espécies e conta com atrações, centro de conservação e laboratório de reprodução.

Vale falar que quando visitamos o Soumaya, havia uma feira de rua quase em frente ao museu. E foi nela que provamos os mais autênticos (e baratos) tacos de rua – que, por sinal, são muito diferentes dos que vemos nos Estados Unidos ou Brasil. 🌮

Dia 7 (terça-feira)

No penúltimo dia na CDMX visitamos o bairro boêmio de Coyoacan, que me pareceu uma mistura dos bairros paulistanos de Pinheiros e Vila Madalena. Apesar dos ares vintage e até mesmo residencial, a modernidade e a vibração da vida noturna estão com certeza por lá. Porém, durante o dia, tem uma atmosfera tranquila, como se o tempo tivesse parado.

Mas, acima de tudo, Coyoacan é mais famoso por ser o bairro natal de Frida Kahlo!

  • Museo Estúdio Diego Rivera
  • Casa Trotsky
  • Museo Frida Kahlo – o ideal é comprar o ingresso para a também conhecida como La Casa Azul com antecedência e pelo site.
  • Mercado de Coyoacan – parecido com a Ciudadela da zona central da cidade, o Mercado é um local para comprar artesanato.

Opção de almoço ou happy hour:

Dia 8 (quarta-feira)

  • Saída

Assim como na hora da chegada, vale ficar atento aos horários do trânsito na hora de ir embora – a não ser que você não ligue de passar minutos intermináveis dentro do carro para ir ao aeroporto.

Confira outros conteúdos sobre o México no A Gi Viaja! 🙂

Este texto refere-se à viagem que fiz ao México em fevereiro de 2020. Portanto, alguns dos pontos relatados aqui podem ter mudado e talvez estejam funcionando de forma diferente.

Capa:

Carlos Aguilar Unsplash

Atualizado em 1 de fevereiro de 2022 às 21h03.

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