Vou começar este texto já tirando o band-aid: a viagem para o México foi uma das viagens mais difíceis que já organizei – e olha que eu adoro (muito) tirar viagens do papel e passar um bom tempo trabalhando em possíveis roteiros.
O fato é que o México é um país enorme e por lá você encontra os mais diferentes cenários e possibilidades: festas, retiros espirituais, experiências gastronômicas, cidades grandes com trânsito e correria, povoados minúsculos que talvez nem estejam nos mapas, praias paradisíacas e ruínas milenares.
A somatória de país grande e diversificado resulta em um belo nó na cabeça de quem pretende conhecer a terra que já foi lar da civilização Asteca e de Frida Kahlo. E a verdade? Eu só fui entender o México quando já estava lá, desbravando as estradas, visualizando as rotas de perto e conhecendo o “esquema” do país.
Bom, mas se você desanimou ou se assustou com o que escrevi lá em cima, calma.
Esses dias, li em um artigo da revista Condé Nast Traveller que alguns estudos sugerem que o ato de planejar a viagem é tão legal quanto a viagem em si. E segundo essa matéria do HuffPost, isso acontece porque a chamada “felicidade pré-viagem” nos traz uma sensação de prazer e paz de espírito; afinal, quando planejamos uma viagem estamos criando expectativas positivas em relação a algo e estamos projetando bons momentos que estão por vir na nossa vida.
A boa notícia é: eu me sentia exatamente assim enquanto estudava o México e planejava todos os lugares must see da viagem. Por isso, tenho certeza que você também vai se sentir desse jeito enquanto monta o seu roteiro de viagem.
Sabia que o país tem quase 2 mil quilômetros quadrados de extensão?
Em termos de América Latina, apenas o Brasil e Argentina superam o México em tamanho. Ou seja: nós brasileiros sabemos bem o que é ter MUITA terra para explorar.
As dez regiões do país oferecem atividades distintas para cada tipo de viajante e com certeza atendem desde aqueles que não dispensam o luxo até quem prefere algo mais alternativo. Por exemplo: se você curte surfe e lugares longe do burburinho turístico, vale estudar a Costa Central do Pacífico e Baja California. Já em Chiapas, Oaxaca e na Península de Yucatán você vai se deparar com muita cultura e atividades que envolvem natureza e ruínas históricas. Se você quer conhecer a veia pulsante do país, não pode deixar de passar pela Cidade do México e seus arredores.
Entenda que não vai dar para ver tudo
Como já vimos, o México é imenso e, a não ser que você resolva passar uns bons meses no país, é impossível conhecer tudo em uma única viagem de férias.
Minha primeira dica é estudar o México e suas regiões e listar lugares e coisas que você gostaria de ver ou fazer, para mais tarde organizar tudo isso no seu roteiro – lembrando que o ideal é dar preferência para atrações que estão próximas umas das outras.
Atenção: tenha em mente que talvez seja preciso deixar aquele lugar super legal para uma próxima vez. E tá tudo bem.
Defina quanto tempo você vai ficar no país e quais são seus gostos
Pergunta básica: quanto tempo a sua viagem vai durar? Sabendo o número de dias que você vai ficar no país, fica mais fácil de entender quais deslocamentos serão ou não possíveis.
E por que é importante considerar seus gostos na hora de viajar para o México? Bom, tem gente (tipo eu) que não vive sem um museu e ama ver uma ruína, mas outras pessoas adoram viajar pelo simples prazer de aproveitar a gastronomia local. Outros já preferem curtir a natureza longe do caos da cidade grande e aproveitar as praias e cenotes. Acredito que, no caso do México, vale pensar no roteiro de acordo com o que você mais gosta de fazer. Por exemplo: se você quer praias e badalação, na Riviera Maya, talvez não faça sentido para você “perder tempo” na Cidade do México ou em Chiapas.
Ao escolher os lugares pelos quais você vai passar, minha dica também é trabalhar com cidades-base ou cidades-dormitório, ou seja, cidades que tenham fácil acesso e sejam próximas de mais de um ponto do seu interesse. Durante a minha viagem, as cidades-base foram Cidade do México, Playa del Carmen e Mérida, por exemplo.
A internet é a sua maior aliada
Vale dar uma olhada nas distâncias entre as cidades, estradas e relatos de outros viajantes que já pisaram no país para ver o roteiro que fizeram – em geral, as pessoas se limitam à Cancún quando se fala em México, mas com uma boa pesquisa você vai perceber que o país é muito mais.
Além disso, quando estou programando uma viagem, também gosto muito de seguir perfis sobre o lugar no Instagram. Para o México, indico o @mexico_mx e o @visitmexico.
Fora da Cidade do México, vale muito a pena alugar um carro para seguir viagem. Nesse caso, o Google Maps pode ser um grande aliado na hora de pensar em possíveis paradas e rotas.
Nada como o bom e velho guia de papel
Como jornalista, não vou negar que sou muito adepta aos guias de viagem. Quando organizei minha ida ao México, o guia da Lonely Planet ajudou MUITO – antes e durante – principalmente por ser super completo e fornecer um monte de informações sobre todos os cantos do país. Apenas com ele consegui filtrar o que entraria ou não no roteiro, além de alinhar expectativas e entender a melhor forma de otimizar o meu passeio.
Caso você opte por adquirir o livro da Lonely Planet, minha dica é ler todo o guia, especialmente o início, em que é apresentado um resumo sobre o México, e, a partir daí, ir selecionando o que mais te interessa e assim ir nichando cada vez mais seu roteiro de viagem.
E aí? Qual outra dica você acha válida na hora de organizar uma viagem? Comente! 😉
Capa
2 comentários sobre “Como organizar uma vigem para o México”