Durante alguns dias da minha última viagem a Orlando, no final de 2018, tive a oportunidade de experimentar os parques da Universal e da Disney sozinha. E essa experiência me leva, consequentemente, a abordar um ponto que nunca pensei que poderia ser um ponto a ser abordado: as filas single rider.
Falando ao pé da letra, single rider é aquela pessoa que está solo numa fila e que, portanto, vai encarar a atração sozinha. Uma ou outra atração dos parques Disney e praticamente todas da Universal possuem uma fila especial para aqueles que vão entrar sozinhos no brinquedo.
Algumas pessoas vão me chamar de chata, dizer que o single rider é uma forma de “furar a fila”, ganhar tempo no dia de parque e que serve para quem não se importa de aproveitar a atração estando separado do grupo. Bom, eu discordo totalmente desses argumentos.
Primeiramente, se todo mundo pensar no single rider como um fura-fila e resolver utilizar este artifício, a fila solo, obviamente, vai perder seu “propósito” de ser um fura- fila – inclusive, presenciei esse fenômeno Harry Potter and the Escape from Gringotts, quando grupos concluíram que a fila single rider poderia fluir mais rápido e começaram a migrar; obviamente, ambas as filas (single e stand-by) ficaram empacadas. Conforme explorei a fila solo, presenciei situações em que a fila do single rider demorava mais do que a stand-by por estar sobrecarregada de gente.
Outro ponto, ao meu ver, é que a fila single ride está muito além do discurso “eu não me importo de ir no brinquedo separado do meu grupo”. Sozinha e, portanto, usufruindo de um número considerável de filas single ride, percebi que o propósito do negócio está mais para “tapa buraco” mesmo. Sabe aquele lugarzinho vazio na montanha-russa? Ou quando um carrinho com quatro bancos é ocupado por um grupo de três? Então, é aí que quem está sozinho entra!
Este texto é literalmente uma reflexão e um desabafo. Eu nunca trabalhei na Disney ou na Universal e estou escrevendo totalmente do ponto de vista de alguém que estava a passeio. Mas, fica a dica: se você visitar os parques de Orlando (e os que não são de Orlando também), só use a fila do single rider se você realmente for um single rider; caso contrário, você e seu grupo, muito provavelmente, estarão empacando o funcionamento. Bom, acho que no fim das contas, tudo se resume a bom senso.