Dentre as muitas coisas que aconteceram em 2024, sou muito feliz em falar que este ano realizei meu primeiro liveaboard, e não foi para um lugar qualquer: foi simplesmente em Abrolhos, na Bahia!
Se você não está familiarizado com esse termo, “liveaboard” é a experiência de ficar hospedado em um barco por alguns dias e algumas noites. Esse tipo de viagem é muito comum no mundo do mergulho e das expedições naturais.
Em uma expedição de 4 dias e 3 noites idealizada pelos biólogos Maysa Santoro e Thiago Silva-Soares a bordo do veleiro-catamarã Horizonte Aberto, vivi dias incríveis no Arquipélago dos Abrolhos. Mas assim como qualquer primeira vez, a minha primeira experiência embarcada foi cheia de aprendizados, por isso resolvi listar alguns erros e acertos que cometi no meu primeiro liveaboard e que em uma próxima vez eu com certeza faria diferente.
Já adianto que são detalhes simples e que os erros não atrapalharam em nada minha viagem. 🙂 Ainda assim, se você pretende fazer algo parecido, espero que os meus “erros” te ajudem de alguma forma. Então bora? 🤿

Erros
- Senti falta de ter levado uma pochete, mochilinha ou bolsinha transversal pequena para os dias em terra ou as para as duas trilhas que fizemos nas ilhas Siriba e Santa Bárbara, lá em Abrolhos. Em resumo, fui somente com o meu mochilão e ter algo para guardar coisinhas úteis “na mão” fez muita falta. Totalmente uma falha de principiante! 🫠
- Para esse eu vou me dar ao luxo de falar que foi o meu primeiro liveaboard e não tinha ideia de como seria o dia a dia no barco na prática, mas a verdade é que levei poucas roupas. Uma calça, uma camisa longa UV, duas bermudas, dois tops e duas camisetas, além de um moletom e uma jaqueta corta-vento… De fato, passamos a maior parte do tempo com roupas de banho, mas tivemos alguns dias em terra e vários momentos secos no catamarã. Hoje, minha mala teria pelo menos duas calças leves, três camisetas, duas bermudas, três tops e duas UVs, além do moletom e casaco e uma roupinha mais “de festa”.
- Outra coisa que senti falta foi de ter levado foi uma garrafa de água para ficar comigo o tempo todo. Nós tínhamos canequinhas no barco, mas não é a mesma coisa, principalmente pela praticidade. Talvez por isso…
- Um dos meus maiores erros durante a viagem foi, com certeza, beber pouca água. Normalmente, sou uma pessoa bem hidrata, mas olhando para trás eu percebi que bebi pouca água nos dias embarcada, limitando o ato aos horários das refeições.
- Uma coisa que não foi um erro, mas que numa próxima eu faria diferente é levar um caderninho para escrever sobre a viagem. Levei meu logbook (um livrinho de registros de mergulho) e escrevo nas notas do celular, mas acho que teria sido legal se eu tivesse me dedicado à escrita “pra valer”.

Acertos
- Levar uma bucha vegetal para banho, além de produtos em barra (shampoo, condicionador e sabonete) que facilitam bastante o transporte e são muito mais econômicos, além de menos nocivos para o meio ambiente. Normalmente, uso as barrinhas da B.O.B ou da Orgânica. 🙂
- Outro acerto foi ter levado um casaco corta-vento e uma balaclava, ou pescoceira. O corta-vento ajuda a segurar o vento gelado e a balaclava é essencial para proteger o rosto e pescoço nessas viagens e expedições nas quais passamos bastante tempo embaixo do sol.
- Boné e óculos de sol são itens indispensáveis! Pode parecer bobeira, mas muita gente esquece.
- Uma coisa que bem legal que levei para Abrolhos foi meu poncho de malha e algodão. Normalmente, levo essa peça nas minhas saídas de mergulho, mas foi ótimo tê-la em Abrolhos. É prático e perfeito para se sentir aquecido depois do mergulho (o que a gente mais fez por lá).
- Bahia e sol a mil, eu não imaginei que fosse passar frio à noite. Mas ventava bastante durante o final do dia e, por isso, fiquei muito feliz por ter levado um moletom para usar na hora de dormir.
- Antes de embarcarmos no Horizonte Aberto, passamos uma noite em Barra de Caravelas (BA). Como na volta ficaríamos novamente no mesmo hostel, eu e mais umas pessoas deixamos nossos sapatos fechados por lá. Foi uma decisão acertada já que era uma coisa a menos para se preocupar no barco, sem contar que não havia a necessidade de ir para o mar com sapatos fechados.
- Apesar de beber pouca água durante os dias que passei embarcada, fiz boas refeições a bordo do Horizonte Aberto! Obviamente, o menu variado e os pratos deliciosos ajudaram, mas manter o estômago cheio foi essencial para passar ótimos dias em mar.
- Como alguém que passa mal em barco, confesso que estava um tanto quanto preocupada com a minha aventura em Abrolhos. Felizmente, alguns meses antes da viagem consultei uma médica especialista em tontura e chegamos a um esquema de medicamentos para que eu não ficasse enjoada no barco.

Um erro que não foi erro, mas também não foi acerto
Experiência nova, pessoas incríveis e um lugar paradisíaco… apesar disso, quase não tenho fotos de Abrolhos. Levei apenas um rolo de filme 135 (que rende 36 fotografias) e mesmo para alguém que não dispensa um clique no celular voltei com pouquíssimos registros da viagem – incluindo do dia a dia no barco.
Confesso que apesar de ter sentido falta daqueles registros mais “simples” de rotina, ficar longe do celular foi ótimo! Aquela história de estar presente no momento, sabe?
Sobre Abrolhos
O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi criado em 1983 com a missão de proteger o maior complexo de corais no Atlântico Sul, sendo o primeiro Parque Nacional Marinho no Brasil. O parque engloba uma área de 879 km2 e nele também encontramos o Arquipélago dos Abrolhos – formado por cinco ilhas de origem vulcânica: Redonda, Siriba, Sueste, Guarita e Santa Bárbara (esta última sob jurisdição da Marinha do Brasil).
A região é lar de formações únicas, como os chapeirões, e é de extrema importância para diversas espécies de animais, como as baleias-jubarte.
Se você quer saber mais sobre essa viagem, compartilhei tudinho no meu Instagram. E se você já foi para Abrolhos, comente aqui! 🏝️
Capa:
O veleiro-catamarã Horizonte Aberto. Assim como a foto de capa, todas as imagens que ilustram este post são analógicas e de minha autoria. Fotos feitas com uma Canon EOS 3000 em filme Kodak Portra 160 e reveladas pelo Lab:Lab.





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